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sábado, 3 de setembro de 2011

“A classe dominante não tem interesse em mudar a educação”

Educação e Saúde: duas áreas em que é preciso avançar


Educação e Saúde: essas são duas das áreas que mais afetam a vida cotidiana da população, especialmente dos setores de menor renda que mais precisam de um serviço público de qualidade. O Brasil ainda tem precisa avançar muito para resolver os problemas nestas áreas. Esta semana, milhares de estudantes foram para as ruas de Brasília exigir mais recursos para a educação pública. O debate sobre a saúde também ganha força. O SUS interna 11 milhões de pessoas por ano. O gasto per capita com saúde no Brasil é sete vezes inferior ao da França ou o do Canadá. O financiamento da saúde pública voltou agora à discussão no Congresso com o debate em torno da emenda 29, que fixa percentuais de gasto em saúde por parte de todo o setor público. Esse é um debate que interessa diretamente à toda sociedade brasileira.

(Boletim Carta Maior)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A EDUCAÇÃO TRATADA COMO LIXO...

 Colunista José Gilmar Nasatto

A saga dos professores em SC comporia um filme de péssima qualidade. Professores fazendo greve pra receber seus direitos, é de chorar. O péssimo exemplo do governo catarinense, que prioriza a gastança com apadrinhados políticos, em detrimento da saúde e educação, soa como piada de mau gosto. Você pode pesquisar na internet (http://educarparacrescer.abril.com.br/nota-da-escola/) a classificação das escolas no IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, aplicado às escolas públicas, do primeiro ao nono ano. Lá, você encontrará a Malu Mader informando que todas as escolas públicas de Taió ainda não têm um ensino de qualidade. E olha que para ser classificada como escola de qualidade precisaria apenas de nota 6. Professores com pós-graduação, com décadas de serviço recebendo, nas públicas e nas particulares, salário hora inferior a profissionais de serviços gerais. Enquanto Raimundo Colombo mantém o ‘cabide de emprego’, expressão/denúncia criada por ele mesmo, continuará faltando recursos para respeitar os professores. A mídia estadual informa que o governo contratou para dois cargos públicos o ex-prefeito de Caçador, cassado pelo TRE por abuso do poder econômico nas eleições de 2008. Enquanto isso o MEC lança a cartilha ensinando a falar o português chulo, incorreto. O governo catarinense está sob denúncia de ter desviado R$2.795.232.179,02 (entre 2003 e 2010) do Fundeb – dinheiro federal destinado exclusivamente à educação pública: 60% para os salários dos professores e 40% para manutenção das escolas. Ao que consta os desvios de finalidade beneficiam com repasses, a Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas. Contraria frontalmente a lei – sob o manto protetor de todos os outros poderes -, dando péssimo exemplo aos cidadãos, perpetuando-se no poder, às custas das manobras com o dinheiro público. O Fundeb– Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Professores da Educação, instituiu também o piso nacional dos professores, de R$ 1.187,00. Portanto, é lei. Mas, o governo catarinense alega não ter recursos para pagar os salários obrigados por lei. Impõe aos professores o desgaste de uma greve geral para garantir seus direitos determinados por lei. Mas, não teria o governo a obrigação de cumprir a lei? Nessa odisséia insana para receber o que lhes pertence, os professores ainda sofrem todo tipo de estresse nos ambientes escolares. Sobrecarregados pelos afazeres do ofício, pela insegurança no ambiente escolar, pela agressividade dos alunos ‘modernos’, ainda convivem com diretores e dirigentes mal preparados para os cargos, nomeados, muitas vezes, exclusivamente por afinidades políticas, numa acintosa desvalorização meritocrática. Enquanto isso, o governador Colombo está há dias viajando pela Europa. O ‘circo’ pegando fogo e vossa excelência, descumpridora da lei, denunciadora do ‘cabide de emprego’ (em referência às secretarias regionais) – como afirmava com veemência há bem pouco tempo – está arejando as idéias e ‘promovendo os interesses de Santa Catarina’ no exterior. E a educação, estaria no rol das preocupações de interesse do governador? Professor, o povo está com vós! Lute por seus direitos e promova melhorias no ensino catarinense.

domingo, 29 de maio de 2011

A EDUCAÇÃO NO BRASIL

Apenas 25% dos brasileiros são plenamente alfabetizados

A taxa de analfabetismo funcional é de 28%, apesar de ter caído entre 2001 e 2009. Desses, mais da metade estudou até a quarta série e 24% concluíram o ensino fundamental, na oitava série.

Pouco a pouco, um novo Brasil vai surgindo na paisagem. Apesar do horizonte enorme, há quem se sinta aprisionado: “Estudei até terceira série. Porque eu, trabalhando, não tinha tempo de estudar direito. Eu me arrependo”, conta um homem.
O Brasil é a sétima maior economia do planeta. Mas, no quesito educação, ocupa apenas o 53º lugar na prova que avalia estudantes de 65 países. Um contraste que arruína sonhos.
“Um engenheiro de obra, era meu sonho, mas não consegui. Fazer o que? Eu tenho 30 anos e não dá tempo mais não”, lamenta.
História comum no canteiro de obras: “Nós trabalhávamos na roça, não deu pra estudar”, diz um homem.
Hoje, essa limitação compromete a produtividade mesmo em profissões que não exigem tanta qualificação: “Ele realmente tem alguma dificuldade em ler um projeto, ler algum aviso no próprio canteiro e executar sua tarefa”, explica Agnaldo Holanda, diretor de obra.
Educação é o que dá a base para um crescimento sólido. A construção de um país com oportunidades para todo mundo depende do alicerce firme do conhecimento. E esse é um dos grandes nós do Brasil.
Só um em cada quatro brasileiros de 15 a 64 anos pode ser considerado plenamente alfabetizado. E o primeiro passo para enfrentar o problema é o diagnóstico. Há dez anos, um grupo de pesquisadores bate de porta em porta para saber o nível de alfabetização dos brasileiros.
“Entrevistamos 2.002 pessoas, que é uma amostra representativa de toda a população brasileira”, afirma uma das pesquisadoras. Em testes aplicados, perguntas do dia a dia que exigem conhecimentos básicos de português e matemática.
“Quanto você vai gastar para comprar dois quilos de frango e meio quilo de costela suína?”, pergunta uma pesquisadora.
Os números do Ibope mostram que, apesar de ter caído entre 2001 e 2009, a taxa de analfabetismo funcional ainda é de 28%. Uma parcela da população que mesmo sabendo ler e escrever, não consegue interpretar textos ou usar a matemática para resolver problemas do cotidiano.
Outro dado assustador: são analfabetos funcionais mais da metade dos que estudaram até a antiga quarta série e 24% das que concluíram o ensino fundamental na oitava série.
Como não consegue calcular frações, o pedreiro Valdemar de Barros adotou uma estratégia para não ser enganado no açougue: “Eu compro um quilo. Não tem negócio de um quilo e cem gramas, um quilo e cinquenta, porque depois eu não vou calcular e eu vou ser lesado e isso eu não gosto”, conta Valdemar.
A maior dificuldade do motorista Francisco Mendes, que estudou até a quarta série, é com a escrita e a leitura. Isso o impediu de progredir no trabalho quando surgiu uma oportunidade: “Vendedor, e eu não tinha esse estudo para vendedor, de maneira alguma. Perdi a promoção por falta de estudo”, explica Francisco.
Quando se leva em conta apenas os jovens, o drama é parecido. Mais de 36% dos que estudaram até o fim do ensino fundamental são analfabetos funcionais.
“Jovens com toda a condição de escolaridade que moram nas grandes cidades, que não dominam a leitura escrita para o seu desenvolvimento. São os brasileiros que vão estar como trabalhadores, como pais de família, como eleitores, como governantes nas próximas três décadas”, explica Ana Lucia Lima, diretora do Instituto Paulo Montenegro.
Para entender porque a educação brasileira se arrasta ainda hoje, é preciso voltar no tempo. A primeira Constituição, de 1824, já falava em educação gratuita para todos. Uma missão que ficou a cargo das províncias e só virou questão nacional nos anos 30, com a criação do Ministério da Educação.
“A gente investiu nisso muito tardiamente. Se você não tem uma educação pensada em termos nacionais, você vai manter a disparidade, a discrepância entre os estados da Federação”, analisa a professora de História a Educação Diana Vidal.
A partir dos anos 70, oito anos de ensino passaram a ser obrigatórios. A Constituição de 88 garantiu a todos ensino de graça e de qualidade.
Hoje, os municípios cuidam das primeiras etapas da educação, os estados ficam com o ensino médio e também podem assumir o fundamental. A União entra com o apoio técnico e financeiro.
A partir dos anos 90, esforço para não deixar nenhum brasileiro de 6 a 14 anos fora da escola. Com programas sociais que exigem a frequência nas aulas, 98% das crianças estão matriculadas. Muitas são a primeira geração de estudantes da família.
“Esses meninos têm uma dificuldade de entender o que é escola, para que serve a escola”, fala o diretor de escola Fernando Barroso.
O desafio é garantir que eles aprendam. “As crianças e jovens têm direito a educação de qualidade e todas. A gente tem visto ai algumas melhorias, mas ainda muito longe de ser na velocidade que a gente precisa para o país”, conta a diretora do Todos pela Educação Priscila Cruz.
Só com um salto de qualidade, o Brasil pode antigos corrigir erros e se expressar como uma nação desenvolvida.

  JN - ESPECIAL

ALUNOS COPISTAS - ANALFABETISMO FUNCIONAL

Alunos copistas são a nova face do analfabetismo funcional.

Alessandra Duarte e Efrém Ribeiro (com adaptações)

. O problema dos alunos copistas é um exemplo recente do analfabetismo funcional, que no país atinge um terço da população. Dos que aprenderam a ler e escrever mais tarde, entre 9 e 14 anos - característica do copista -, só 13% se tornaram plenamente alfabetizados, apontam dados inéditos calculados pelo Instituto Paulo Montenegro.
Se a definição mais conhecida de analfabeto funcional é quem lê mas não interpreta um texto, com o copista é pior: como só copia, não sabe que o “a” que escreveu, por exemplo, é um “a”.
São crianças que não se apropriam do significado das palavras. Mas vão galgando as séries porque, como copiam, conseguem cumprir algumas tarefas em sala - diz Marilene Proença, professora da USP e integrante da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional.
O aluno copista é forte candidato a ser um analfabeto funcional ao longo da vida. Ele tem grande risco de se tornar o chamado alfabetizado rudimentar: reconhece algumas palavras, escreve um bilhete, dá um troco, e pronto.
Dois dos principais motivos apontados para o analfabetismo funcional são alfabetização tardia e baixa escolaridade dos pais.
Quando o pai ou a mãe tem o fundamental, cerca de 69% dos filhos são analfabetos funcionais ou alfabetizados em nível básico. Mas, quando o pai ou a mãe tem nível superior, até 75% são alfabetizados plenos.
Quando os pais têm nível secundário, os filhos têm 5,4% de chance de chegar à universidade; já quando os pais têm nível universitário, os filhos têm 71,6% de chance de ir à faculdade.
No caso do copista, haveria mais um motivo: um sistema de ciclos ou progressão continuada malfeito. Aí, o aluno, mesmo só copiando, avança nas séries sem repetir. São em escolas com ciclo - prática que se intensificou no país a partir dos anos 1990 - que estudavam os copistas do estudo da USP e os que precisam do reforço da Santa Terezinha. Marilene Proença diz que o ciclo “é política cara”, que requer ações como reforço e contraturno. Para Esther Grossi, o copista “é um fenômeno dos ciclos”.
A Secretaria estadual de Educação de São Paulo informou que oferece “o Projeto Intensivo de Ciclo, que possibilita recuperação da aprendizagem de leitura e escrita por turmas especiais”. Secretária de Educação de Duque de Caxias, Roseli Duarte diz que a rede tem um programa de apoio com contraturnos.
- Não podemos aceitar a existência de alunos copistas. Mas os ciclos são uma resposta à repetência, que, além de levar à evasão, nos anos iniciais causa a distorção idade-série — diz a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar. — Temos de pensar é em ações como educação integral, que já há em 15 mil escolas, e em qualificar os professores de alfabetização, com projetos como o Pró-Letramento, que já atingiu 300 mil professores.

terça-feira, 12 de abril de 2011

MITOS E VERDADES: INHAME AJUDA NA PREVENÇÃO DA DENGUE?

Bárbara Forte

cidades@eband.com.br

Circula na internet um email dizendo que a dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, pode ser prevenida com o consumo constante de inhame. Mas será verdade?

Para ajudar a tirar as dúvidas em relação ao assunto, o infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e autor do livro “A história e suas epidemias” Stefan Cunha Ujvari fala, em entrevista ao eBand, sobre os mitos e verdades a respeiro da dengue e do consumo do tubérculo como remédio.

1 - É verdade que o inhame ajuda a prevenir a dengue? E curar a doença?
Mito. Não há qualquer trabalho científico que mostre eficácia do inhame na prevenção e nem no tratamento da dengue. Sendo assim, não é verdade.

2 - Uma boa alimentação garante imunidade à doença?

Em partes é verdade. Não há algum alimento específico contra a dengue. Porém, uma alimentação incluindo frutas e vegetais, torna o organismo da pessoa mais saudável e o sistema imunológico mais eficiente. Isso é válido para qualquer doença infecciosa. Bem como uma vida saudável, com sono correto, sem ingestão de álcool ou uso de cigarro.

3 - É verdade que apenas um paciente se tem apenas febre já pode estar com dengue?

Mito. Usamos critérios para fazer a suspeita de dengue. Nesse caso, a definição é relativamente simples. O paciente pode estar com dengue se apresentar febre, com duração menor que uma semana, mas associado a dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares, dor atrás dos olhos, dor nas juntas, queda do estado geral, manchas avermelhadas pela pele.

4 - Uma pessoa com os sintomas da dengue pode se tratar apenas em casa?
Não. Todo paciente com esses sintomas deve procurar o pronto-socorro para avaliação. Somente com o exame físico realizado pelo médico saberá se o tratamento pode ser realizado no domicílio, com rigorosa hidratação oral, ou se será necessária internação para hidratação endovenosa.

5 - Apenas Paracetamol e Dipirona podem ser usados pelo paciente?

Verdade. O tratamento consiste em hidratação rigorosa e controle das complicações, além de Paracetamol e Dipirona, em caso de dor. Mas devemos evitar medicamentos que possam desencadear os sangramentos da doença ou piorá-los, como AAS ou outros salicilatos, além dos antiinflamatórios.

6 - Os sintomas da dengue tipo 4 são diferentes dos outros tipos da doença?
Mito. Os sintomas da dengue são iguais para qualquer um dos quatro tipos de vírus da doença.

7 - A dengue tipo 4 é mais preocupante que as outras?

Verdade. A dengue causada pelo tipo 4 não é mais ou menos severa que os outros tipos. Mas a preocupação consiste no fato da população brasileira não ter tido contato com esse vírus, pois acaba de chegar ao nosso solo. Por isso, todos estão vulneráveis e a doença poderá se transformar em epidemia.

8 - Uma vacina para conter o vírus está sendo estudada?

Verdade. As pesquisas estão em andamento há anos e há previsão da vacina para aproximadamente 3 a 4 anos.

9 - A pessoa que teve a doença fica imune após o tratamento?
Mito. Existem quatro tipos de vírus da dengue, classificados como 1, 2, 3 e 4. O doente pela dengue, ao curar-se, fica imune àquele tipo que adoeceu. Porém, pode voltar a ficar doente por um dos outros três tipos.

10 - Apenas a fêmea do mosquito transmite a dengue?

Verdade. No caso, a fêmea porque é ela que precisa do sangue para a postura de seus ovos.

11 - É possível que uma pessoa infectada passe a doença?

Mito. Uma pessoa infectada não transmite a doença ao próximo. Apenas o mosquito infectado transmitirá ao homem pela picada.

12 - Qualquer inseticida mata o mosquito?

Não. Deve ser inseticida adequado e eficaz contra o mosquito, que, por sua vez, também adquire resistência a determinados inseticidas. Por isso, os inseticidas e larvicidas devem ser indicados e empregados pelos agentes de saúde dos municípios.

13 - Repelentes ajudam a população a não pegar a doença?

Em partes. Os repelentes podem evitar o mosquito, mas não são indicados como profilaxia. Isso porque têm um efeito transitório e não duradouro. É inviável utilizar repelentes todos os dias e em todos os momentos para evitar a doença. Eles podem causar irritação da pele e deve-se tomar cuidado com as crianças com repelentes em mucosas orais, nasais e oculares.

14 - É verdade que o mosquito não pica durante a noite?

Verdade. O mosquito transmissor da dengue tem hábito diurno, por isso é raro picar à noite.

15 - O mosquito infectado pode não transmitir a doença?

Sim. Da mesma forma que nem todos os humanos infectados desenvolvem sintomas, alguns podem ser assintomáticos ou sintomas muito leves.


As mortes por dengue no Brasil diminuíram no primeiro trimestre em comparação ao mesmo período de 2010. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (4), a queda equivale a 64% dos óbitos do ano passado. No entanto, a doença não deixou de atingir e preocupar a população em todo o país.

Segundo o infectologista, o melhor método para prevenir a dengue é evitar a proliferação do mosquito, que se reproduz em água parada. Portanto, faça limpeza de calhas e não deixe plantas com pratos para acúmulo. Caixas d'água também devem 

sábado, 19 de março de 2011

DISFEMIA - CAUSAS E TRATAMENTOS



A disfemia,  popularmente conhecida como gagueira ou gaguez, é a mais comum desordem da fala, acometendo aproximadamente 2 milhões de pessoas no Brasil e mais de 60 milhões no mundo todo.
Este problema atinge principalmente indivíduos do sexo feminino, e caracteriza-se pela repetição de sílabas, o os prolongamentos de sons e a interrupção das palavras, especialmente na primeira sílaba. É muito comum também sua ocorrência em crianças entre dois a quatro anos de idade, chegando a acometer 75% dessa população, sendo que os episódios normalmente são transitórios, durando apenas poucos meses. Ocorre, nas crianças, em conseqüência de uma combinação de diversos fatores durante o desenvolvimento da fala, como por exemplo, a lenta mutação das redes neurais de processamento de linguagem, que gera uma habilidade ainda pequena para articular palavras e ligá-las em frase nessa idade.
O rápido fluxo de pensamento juntamente com a relativa imaturidade do sistema fonoarticulatório, propicia a apresentação de alguma dificuldade, por parte da criança, na produção de um ritmo regular e suave na fala, especialmente quando a criança está ansiosa, cansada ou doente. Apenas cerca de 1% a 2% dessas crianças precisam de tratamento especializado, pois estes poucos casos que persistem pode estar associados com casos de disfemia na família, sugerindo uma predisposição familiar.
Algumas características podem estar associadas com a tendência de a gagueira tornar-se um problema persistente, como o surgimento de sintomas adicionais, dentre eles estão: fazer caretas, contrair os olhos ou bater os pés. Nos casos onde já há a percepção por parte da criança de que sua fala pode ser julgada fora do padrão normal, ela tende a evitar as pessoas, muitas vezes preferindo permanecer em silencio a ter que interagir verbalmente. Caso não haja um tratamento especializado, a maioria dessas crianças se retrai, além de ficar com sua alto-estima abalada.
Após os 5 anos de idade, a disfemia relaciona-se com alterações anatômicas e funcionais do cérebro, de acordo com o que tem sido evidenciado pelas pesquisas mais modernas de neuroimagem. A avaliação e detecção do problema precocemente são pontos decisivos para que a criança consiga compensar cedo essas possíveis deficiências, antes que ocorram complicações secundárias. Deste modo, é recomendado que toda crianças com sintomas recorrentes de gagueira faça uma avaliação fonoaudiológica o mais cedo possível.
Em muitos casos, apenas a terapia fonoaudiológica é insuficiente para atender adequadamente todas as necessidades de um paciente disfêmico, sendo necessária a adoção de medidas adicionais de suporte, tais comoassistência médica e farmacológica, especialmente em adultos.


Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Disfemia
http://www.mundoeducacao.com.br/psicologia/disfemia.htm
http://saude-joni.blogspot.com/2010/02/disfemia.html
http://sites.mpc.com.br/ct/lingua.html

quarta-feira, 16 de março de 2011

DISLEXIA E O PROCESSO APRENDIZAGEM

Home  Artigos  Dislexia e o processo de aprendizagem


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A Dislexia é um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na leitura, escrita e soletração. É uma condição genética e hereditária, com alterações no padrão neurológico, e não está relacionada à alfabetização deficiente ou à personalidade. Para diagnosticar esse distúrbio é necessário consultar um profissional, que dará as orientações e estímulos corretos para tratar o problema. Na maioria dos casos, a dislexia é diagnosticada na infância, onde as manifestações são mais claras. Mas isso não significa que o diagnóstico seja fácil.
Os principais sintomas aparecem na idade escolar e entre os mais comuns destacam-se:
- apresentar dificuldade de escrever ou ler / baixo rendimento escolar;
- entender o que lê somente quando lê em voz alta, para poder ouvir o som da palavra;
- omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de letras e sílabas;
- estar no “mundo da lua”; dispersão;
- ter dor de barriga na hora de ir para a escola e ter febre alta em dias de prova;
- pensar por meio de imagem e sentimento, não com o som de palavras;
- não ter atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e ajudado na escola;
- com muito barulho, o disléxico se sente confuso, desliga e age como se estivesse distraído.
E de que forma a dislexia pode influir nas relações familiares ou vice-versa? Primeiramente, é preciso estar atento ao desenvolvimento da criança. Qualquer sintoma deve ser um alerta para os pais e educadores, que devem procurar ajuda médica. Os sintomas mais comuns se manifestam na pré-escola. A dislexia costuma provocar dificuldades de relacionamento, inicialmente na escola e depois na própria família, com os pais e irmãos.
Por conta do baixo rendimento escolar, dispersão e baixa autoestima, as crianças se sentem incapazes de realizar muitas tarefas e lidam com o medo, pressões e sentimentos de rejeição. Nesse momento, é fundamental o apoio da família! As dificuldades serão superadas com mais êxito se a criança se sentir amada e protegida por aqueles que são sua referência de vida. Independentemente de os pais passarem por alguma crise no casamento ou crise financeira, os filhos precisam ser preservados desses problemas ao máximo. Quando os pais e os educadores trocam informações e buscam apoio e estímulos em prol da criança, são muitos os benefícios.
O profissional mais adequado para trabalhar com o disléxico é o fonoaudiólogo, pois sua principal dificuldade é fazer a relação letra e som. Dependendo do grau da dislexia (leve, média ou severa) e do tipo (visual, auditiva ou mista), um psicopedagogo também poderá acompanhá-lo. Os adolescentes e adultos disléxicos normalmente têm a autoestima muito rebaixada e necessitam de acompanhamento psicológico.
Em alguns casos, quando a dislexia não é tratada, a criança tende a se tornar um adulto com dificuldades emocionais (de relacionamentos, trabalhos e tomada de decisões). O desequilíbrio emocional traz depressão e ansiedade e pode levar ao consumo de álcool e drogas. Por isso, quanto antes for diagnosticado, melhor.
Dicas para combater a dislexia
- Ler histórias que estejam de acordo com a faixa etária da criança.
- Tornar a leitura parte do cotidiano, solicitando à criança que leia textos de seu interesse 10 minutos ao dia.
- A tecnologia também é uma aliada importante! Softwares educativos desenvolvem a leitura, a memória, a atenção e outras áreas importantes do cérebro.
- Demonstre conceitos abstratos. Por exemplo: água passando do estado líquido para o estado de vapor.
Apesar das complicações, engana-se quem pensa que o disléxico não é inteligente. Com o passar dos anos, ele saberá contornar as dificuldades e encontrará alternativas para lidar com as suas próprias limitações. Trabalhar os estímulos em um disléxico desde a infância é de extrema importância. Ao fazer o tratamento - cada paciente ao seu tempo - os resultados vão garantir ao disléxico uma vida mais saudável e equilibrada. No presente e no futuro!

Fonte: http://www.nota10.com.br//artigo-detalhe/6672_Dislexia-e-o-processo-de-aprendizagem